Mais idade, menos crise: a febre pela corrida aos 30, 40 e 50 anos

Mais idade, menos crise: a febre pela corrida aos 30, 40 e 50 anos

O diagrama mostra que o número de finishers (pessoas que chegam ao objetivo dentro do tempo estabelecido) da prova, desde 1971 até o momento, segundo a idade. Como observa o jornal, “embora a maioria dos corredores estejam dentro da faixa etária dos 20 e 40 anos, há grandes picos em idades como 40 e 50”. No caso dos 40 anos, o gráfico dispara: é a única idade que supera os 40.000 finishers. Cada edição conta com pouco mais de 50.000 participantes de todas as idades.

O que poderia explicar esse pico significativo nas idades redondas? Uma razão pode ser a crise ligada a mudanças de década: de acordo com um estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, as pessoas com 29, 39 e 49 são mais propensos a tomar decisões importantes com respeito a hábitos e emoções. Entre eles, o estudo destaca o início de infidelidades, o suicídio e preparar-se para uma maratona.

 

“Somos psicologicamente conscientes do que significa fazer 30, 40 ou 50 anos”, diz o coautor da pesquisa, Hal Helrshfield, em entrevista ao The Washington Post. “Isso nos faz olhar para trás, pensar sobre como foram as coisas e como queremos avançar”. Qualquer um animado para se preparar para a Maratona de Nova York dificilmente vai conseguir se inscrever para esse ano, teria que esperar pelo próximo: isso explicaria os picos nas idades redondas.

Outra razão pode ser estritamente competitiva: a classificação dos corredores amadores da Maratona de Nova York (e da maioria das maratonas e corridas populares) é estabelecida por grupos etários: 18 a 19 anos, 20 a 24, 25 a 29, 30 a 34 35 a 39, 40 a 44, 45 a 49, 50 a 54... Isto significa que os corredores de 30, 40 e 50 são os mais novos de seu grupo, por isso é mais fácil ter bons resultados.

Veja a matéria completa em: https://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/02/ciencia/1446466121_668349.html